O metro desta cidade é impressionante. Primeiro pelos seus 100 anos acabadinhos de fazer. Já daí se percebe os problemas que o envolve, as obras constantes, a manutenção que aos fins-de-semana altera todo o mapa, a linha verde corre na azul, a vermelha fecha, a cinzenta só faz metade do percurso e por ai adiante.
Algumas das estações são mesmo imundas, outras tais que até disfarçam bem, mas nenhuma escapa aos seus habitantes comuns e permanentes de dimensões consideráveis, ratos e ratazanas com fartura!
A diversidade das linhas também é de considerar. Existem diferentes cores, dentro da mesma cor números e letras diferentes, cada uma tem percursos diferentes, mas muitas delas fazem o mesmo percurso numa determinada parte da cidade, há uns que são expresso e não param em todas as estações e ainda os locais que param em todas.
Percorrem do mais longínquo ponto de Brooklyn, passando pela famosa Manhattan, até ao ponto mais recôndito de Bronx ou Queens. Muitas regras e ainda mais excepções às regras! Parece confuso mas com a prática deixa de o ser.
A diversidade dos utilizadores do metro também é considerável. Pessoas de todas as cores e tamanhos, diferentes formas, bonitos e feios, pobres e ricos! E se lá de vez em quando acontece te cruzares com uma cara famosa também acontece que te aparece pela frente a verdadeira realidade dos arredores desta cidade.
Algumas das estações são mesmo imundas, outras tais que até disfarçam bem, mas nenhuma escapa aos seus habitantes comuns e permanentes de dimensões consideráveis, ratos e ratazanas com fartura!
A diversidade das linhas também é de considerar. Existem diferentes cores, dentro da mesma cor números e letras diferentes, cada uma tem percursos diferentes, mas muitas delas fazem o mesmo percurso numa determinada parte da cidade, há uns que são expresso e não param em todas as estações e ainda os locais que param em todas.
Percorrem do mais longínquo ponto de Brooklyn, passando pela famosa Manhattan, até ao ponto mais recôndito de Bronx ou Queens. Muitas regras e ainda mais excepções às regras! Parece confuso mas com a prática deixa de o ser.
A diversidade dos utilizadores do metro também é considerável. Pessoas de todas as cores e tamanhos, diferentes formas, bonitos e feios, pobres e ricos! E se lá de vez em quando acontece te cruzares com uma cara famosa também acontece que te aparece pela frente a verdadeira realidade dos arredores desta cidade.
♣
Estava eu sentada no metro que partia do aeroporto, em Brooklyn, atravessando a cidade, a caminho de casa, em Queens. Já lá vão cerca de dois meses que isto se passou.
Ao meu lado uma rapariga nova com três filhos, duas meninas e um menino com idades entre os cinco e sete anos, faziam o mesmo percurso que eu.
Aparentemente uma família típica dos subúrbios muito pobres. Uma mãe de poucos sorrisos, cabelo apanhado, argolas douradas gigantes, casaco de cabedal preto com desenhos pespontados a branco, enorme, calças apertadas de ganga e botas amarelas que parecem as botas dos trolhas! A imagem típica de uma miúda de bairro de Brooblyn profundo.
As crianças irrequietas olhavam pela janela enquanto o metro passava pela superfície. Ao entrar para o nível subterrâneo lá sossegaram e as meninas acabaram por cair no sono vencidas pelo cansaço.
Foi então que o menino decidiu sentar-se ao meu lado, pulou para o banco sem pedir licença, bateu-me com as botas pesadas e … a mãe repreendeu-o educadamente e mandou-o pedir-me desculpa. Coisa rara, é de louvar a educação que é escassa nesta terra.
Assim que meti conversa com o menino a realidade apareceu-me bruta e crua à minha frente:
♠
_ O meu nome é Brandon! A minha irmã chama-se Melissa e a outra é Jessica.
Depois seguiu-se o nome pelo qual chamavam a mãe e o nome verdadeiro da mãe, _ sim, porque ela tem um nome verdadeiro, mas ninguém sabe, mas eu sei.
_ e eu também tenho um pai, ele não esta aqui, mas eu tenho um pai. A polícia levou-o, eu vi! Mas ele não está na prisão, a minha mãe diz que ele está na casa de um amigo.
… e agora? O que é que eu digo? A mãe nem o repreendeu… o que é que eu lhe digo? …”ahhhh muito bem….” Não posso dizer isso, não posso dizer nada…. Mas tenho que dizer alguma coisa…
_ Então tens que fazer um desenho para enviares ao teu pai! Sabes fazer desenhos?!
…puff, desta safei-me.
♥
Depois ele contou-me onde morava e que estava a mudar de casa e que a mãe estava a mudar de trabalho, e que fazia desenhos de cores nos papéis brancos…a vida dele numa viagem de metro que poderia ser uma passagem de um filme, daqueles que só costumamos ver na televisão.
6 comentários:
e a nossa vida nao e', afinal, um filme? uma longa metragem?...
Beijinho
p.s. bem precisava de Metro aqui... mesmo que fosse assim velhinho!
foi o teu filme caseiro.
acho que esses momentos valem bem uma viagem de metro. como se de um bilhete de cinema se tratassem...
mais do que um filme... o problema é que isso é a realidade! melhor seria se no fim de tudo saísses do metro e afinal não passava de um filme!
bem....toda a gente se mete contigo no metro! desde meninos a portugas!! :)
gostei da historia.
bjo
Pois ss, e' da minha cara laroca! ...(convencida!) Pois e', a historia da Diana tb era bem contada aqui! Vou ver se a escrevo ;)
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