05 fevereiro 2008

Sobre as tecnologias

No nosso imaginário, os EUA e por associação Nova Iorque estão na vanguarda das tecnologias. Imagina-se que aqui tudo é mais avançado, estão presentes os últimos gritos da tecnologia no nosso dia-a-dia. Não é bem assim!
Não digo que em termos de pesquisa, experimentação, investigação não possa ser verdade. Sim, o Iphone saiu aqui primeiro, mas quanto tempo demorou a chegar a esse lado? Quase que não se nota a diferença.

No meu dia-a-dia de trabalho não se verifica a presença de uma tecnologia muito mais avançada do que aquela que temos em Portugal. Talvez noutras áreas, talvez noutras situações, e se calhar até me lembro agora de algumas.

Nestes últimos tempos a minha vida roda em função do bebé que aí vem. Como tal fomos visitar o hospital onde irá nascer o pequeno rebento. Nunca visitei uma maternidade em Portugal (pelo menos enquanto adulta) por isso será difícil estabelecer uma comparação justa, mas percebi que o sistema de segurança da maternidade onde irei dar à luz é algo de tecnologicamente muito bem resolvido. Tanto o bebé como os pais receberão bandas magnéticas que estão directamente associadas ao sistema de segurança de tal modo que se a criança sair do perímetro da área que foi estabelecida, neste caso um piso do hospital que exclui a área de elevadores e escadas de acesso, os alarmes irão soar, o hospital fecha as portas de saída e através da banda magnética é possível localizar o bebé em qualquer ponto do hospital. Acho que este sistema não é usado em Portugal. Os pais só podem levar a criança do hospital se as bandas magnéticas corresponderem à da respectiva criança! Como se vê, em termos de segurança o uso da tecnologia está bem presente. Mas é um sistema tecnológico acessível, nada de extraordinário.

O mesmo acontece com infantários. Iniciámos a nossa pesquisa, ontem visitámos um infantário onde os pais das crianças e educadoras têm um sistema de “scaner” digital das mãos à entrada da porta, somente quem está no sistema do infantário é que pode entrar.
Eles não brincam em serviço, e pelos vistos têm mesmo muito medo que roube as criancinhas…como futura mãe, acho muito bem!

Mas estas tecnologias estão presententes em casos específicos e locais privados. Não andamos aqui todos de “ship” no pescoço.

Voltando ao meu trabalho e por isso à minha realidade, eu uso o mesmo programa de desenho que usava, o mesmo tipo de impressora, os mesmos instrumentos de trabalho. Diria que, sem dúvida, a internet e o email são instrumentos de trabalho constantemente usados, os emails são mesmo documentos de trabalho essenciais e não há um único empregado que não tenha o seu endereço de e-mail na empresa…é essencial.

De resto, Nova Iorque é uma cidade velha, com infra-estruturas muito velhas, difíceis de recuperar, restaurar ou renovar. Uma cidade com um desgaste enorme, são 8 milhões de pessoas diariamente a usar e a gastar o centro da cidade, 25 milhões na área metropolitana.
O nosso metro metro é muito melhor, o nosso multibanco nem se fala, a nossa construção corrente tem mais qualidade … se as tecnologias e informatização se instalam aqui primeiro, quando chegam às nossas mãos são o último grito, daí que somos uns sortudos no nosso pequeno grande país.

18 comentários:

CGM disse...

Na Maternidade onde tive o meu filho mais novo (16 meses) t~em esse sistema, e sim, é cá em Portugal, e não, não é no sistema publico, mas no privado.

Dos infantários terem sistema de segurança nunca ouvi falar.

Ss disse...

:)
Mas isso somos nos que trabalhamos num escritorio piquinino!
Acho que o D. tem uma opiniao algo diferente...

Anónimo disse...

é natural que existam pequenas diferenças... afinal de contas, muitos dessas tecnologias são criadas nos EUA. Veja-se a Apple...

E relativamente à domótica? È comum aplicarem este tipo de equipamentos nas habitações 'comuns'... refiro-me a controlo automático de iluminação, climatização, segurança, comunicação, etc ?

*

DMNY disse...

aposto que não tens um super scanner onde digitas o teu nome e o código do projecto e o que digitalizas vai directamente ter ao teu email! pimba! :)

elisabete duarte disse...

ok pessoal, eu trabalho num atelier pequenino, que sao alias a maioria nesta e qualquer outra cidade. Tambem ha atelier grandes em Portugal, grandes empresas digo, que os ateliers aos quais associamos a palavra "grande" muitos deles nem site teem...enfim.

Anónimo disse...

sim esse sistema das recém-nascidos existe cá, mas tb acho q é só no privado.

mas o iPhone ainda n está à venda cá...

eu trabalho num atelier "grande" em portugal e n tenho esssa modernidade de ter e-mail próprio c o meu nome, é só geral (no comments) e muito menos esse super scanner Maria!

teresa.com disse...

:)
viva as novas tecnologias!
a maria tb andou sempre com o "chipezinho" atras e nos tambem! e agora na creche, nao e' o scanner da palma da mao, mas anda la muito perto ;)

Ss disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ss disse...

Tb tenho um scanner desses!!

Anónimo disse...

:D
Só para ficarem a saber:

O meu sobrinho mais novito (tem agora 9 meses), teve direito a chip no hospital público! (Viana do castelo)
Aliás, esse sistema já está em vigor há algum tempo pelos hospitais.

O irmãozito dele, com 3 anos, disse que o irmão tinha nascido com um relógio muito Gande!

Dan disse...

Ha'casos e casos. Diria de uma forma geral que, em NY, a tecnologia existente (normalmente a mais recente)se utiliza numa base diaria. No meu caso, mais concretamente no uso de equipamento e de tecnologias de informacao: reunioes em video conferencias (simultaneo em varios continentes); formacao em directo no posto de trabalho; sistemas CAD-CAM (laser, impressao 3d); software de recente introducao no mercado.
Pontualmente existe o acesso a tecnologia/software ainda em fase experimental (ha cerca de um ano atras estavamos a experimentar uma plotter versao beta, processo no qual introduziamos algum feedback)...

margarida disse...

mas também só em portugal é que os pais deixam os filhos nos infantários e pré-primárias, enqunato estão de férias ou simplesmente em casa...pelos vistos dá gozo fazer os meninos, mas não dá assim tanto gozo "atura-los" quando se pode... portanto, sempre que se possa é vê-los deixar os meninos lá e em vez de voltar as 16h (hora da saida) voltam as 16.15... 16.30...e ainda se ouvem dizer: "não queres ficar a brincar mais um bocadinho com a professora?"

Em relação as novas tecnologias é verdade que não demora assim tanto a chegar cá a "este lado" do oceano, mas os preços não são nada convidativos, em comparação com o pais de origem! Só nos resta encomendar pela net

e quando falas do metro...falas do de lisboa ou do porto? =P

*

Nuno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nuno disse...

Ao contrario de o que os mitos testemunham NYC na sua generalidade a roçare o obsoleto.

As infra-estruturas, qualidade da habitação, serviços de saude e sistemas manutenção que suportam cidade deixam muito a desejar para a maioria dos Nova-iorquinos.

E' a cidade do desenrascanço, pois... desculpem mas "desenrascar" não e' um conceito português.

Just my 2 cents

DMNY disse...

eu acho e' que nos temos a nossa visão de NY e nada mais que isso. aposto que os "famosos" não terão o mesmo que dizer ;) não generalizem...

elisabete duarte disse...

mas esta discussao e' sobre a generalidade, pois claro, excepcoes existem em todo o lado, para melhor e para pior, como sabemos.
Mas venham mais, mais exemplos da tecnologia, afinal e' disso que se quer saber. Quem tem mais para contar?

Palaroide disse...

Oi!
Uma das coisas que me deixou perplexa em L.A. foi que os postes de iluminação são de madeira e os fios estão todos à vista!
Senti-me no terceiro mundo!

Em NY também achei o metro um sítio horrível e para fazer uma chamada de uma cabine telefónica, quase é preciso ter um curso (pelo menos para quem nao ta habituado).

Socialmente, achei as pessoas muito individualista, no entanto, e tal por isso, com um grande respeito pelo "espaço" do outro...
Aquela frase: "A minha liberdade acaba, onde começa a do outro" é bem aplicada por aí...

Muitos parabéns pelo bebé! Emuitas felicidades!

Uma amida de um amigo:)

beijos

Anónimo disse...

é bom que se viaje muito para se dar valor as coisas boas que temos no sítio onde vivemos e tentar melhorar as más (onde se puder). Talvez NY tenha um metro "horrível" mas dentro dele pode-se ir mais longe que muitos outros, e isso dos "cursos para telefonar" é tudo uma questão de hábito.

Mas realmente eu estava a gostar de ouvir sobre as tecnologias!